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‘Rural da Vacina’: veículo percorre Missão Velha à procura de pessoas não vacinadas contra a Covid

‘Rural da Vacina’: veículo percorre Missão Velha à procura de pessoas não vacinadas contra a Covid

Em apenas um dia, projeto vacinou mais de 100 pessoas que não tiveram acesso ao agendamento ou aos posto de imunização.

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Foto: Divulgação/Prefeitura de Missão Velha

A gestão pública de Missão Velha, na região do Cariri, decidiu adotar uma ação diferente para buscar e vacinar a população da zona rural que ainda não recebeu nenhuma dose contra a Covid-19: a “Rural da Vacina”, veículo clássico produzido até a década de 1970 no Brasil, que percorre comunidades distantes desde a última sexta-feira (7).

Até o último dia 6 de janeiro, o município aplicou 29.232 primeiras doses, 780 doses únicas, 24.252 segundas doses e 2.021 doses de reforço, segundo o vacinômetro estadual.

Contudo, a Prefeitura Municipal detectou que uma parte da população da cidade não conseguiu realizar o cadastramento digital ou mora distante dos pontos fixos de imunização.

As viagens da Rural da Vacina acontecerão às sextas-feiras, das 8h às 13h, aplicando exclusivamente primeiras doses. O tipo de veículo foi escolhido porque precisa percorrer áreas de difícil acesso levando as equipes de imunização.

A cidade das Rurais

O carro utilizado na campanha tem até nome: “Ruralina”, que funcionava como transporte alternativo entre Missão Velha e municípios do Cariri, como Juazeiro do Norte, Crato e Barbalha.

Segundo o médico e prefeito de Missão Velha, Rosemberg Macêdo, o “Dr. Lorim” (PDT), o uso do veículo resgata uma tradição do município, conhecido como “cidade das Rurais”, ao mesmo tempo em que ajuda a resolver uma demanda do presente.

“Ficamos impressionados com a quantidade de pessoas que sequer tinham recebido a primeira dose. Por isso, é importante vermos a aceitação de quem não tinha condições de se deslocar ou não conseguiu fazer o cadastro no site”, afirma o prefeito.

A Rural da Vacina tem um megafone que anuncia os benefícios da vacinação, além de reproduzir a música “Bum Bum Tam Tam”, funk conhecido no início da campanha brasileira por aludir ao Instituto Butantan, que desenvolveu a Coronavac.

Acesso facilitado

A secretária municipal de Saúde, Kay France, reconhece que muitos cidadãos têm dificuldade em acessar o serviço, portanto o projeto seguirá por tempo indeterminado, “até vacinar toda a população”.

O Dr. Lorim, que participou da primeira ação, conta que a reação dos moradores “foi a melhor possível”. Inclusive, os canais da Prefeitura receberam muitas sugestões para as próximas visitas.

“Foi um sucesso. Nós, como gestores públicos, precisamos estar diretamente à frente desse movimento, porque a vacinação é a única forma que temos para nos vermos livres desse vírus”, aponta.

Por: Escrito por Nícolas Paulino
Diário do Nordeste

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