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Calor extremo: como as altas temperaturas afetam o corpo e a saúde

Calor extremo: como as altas temperaturas afetam o corpo e a saúde

Data de Publicação: 27 de novembro de 2023 11:20:00

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Para os especialistas, os maiores riscos para a saúde começam quando a temperatura do ar supera a do corpo humano, que é de cerca de 36,5 graus

A onda de extremo calor que atinge o Brasil tem chamado a atenção de autoridades e causado preocupação na população em relação à saúde. No Ceará, a maior temperatura do ano ocorreu ainda no fim do mês de outubro, no município de Jaguaribe, a 293 km de Fortaleza, com 41,9°C. Já no último sábado (18), a cidade de Santa Quitéria atingiu 41,8°C, o segundo maior pico de temperatura no Estado. E as temperaturas devem continuar altas até o fim do ano, por isso é importante pensar na proteção.

De acordo com a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), o calor atual acontece por causa do afastamento da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) da costa cearense, além da ausência de outros sistemas precipitantes, como a predominância do fenômeno El Niño.

Para os especialistas, os maiores riscos para a saúde começam quando a temperatura do ar supera a do corpo humano, que é de cerca de 36,5 graus. Acima dessa temperatura, o corpo fica sobrecarregado para se manter em equilíbrio.

Isso acarreta aumento das perdas indiretas, desidratação por suor ou pela transpiração da pele, o que se enquadra no distúrbio hidroeletrolítico, reduzindo a quantidade de água no sangue e obrigando o coração a trabalhar mais para manter a pressão arterial, o que pode provocar taquicardia ou até mesmo infarto, caso a pessoa tenha um problema cardíaco pré-existente. Os distúrbios hidroeletrolíticos ocorrem quando o paciente perde quantidade significativa de líquidos corporais e, consequentemente, de eletrólitos. Essa perda pode ocorrer pelo suor excessivo, pela poliúria (excesso de urina), pelos vômitos e pela diarreia”, explica.

Pessoas com doenças cardiovasculares, crianças menores de dois anos e idosos correm maior risco na exposição às temperaturas elevadas. “Crianças e idosos, por exemplo, bebem água com menos frequência. Em locais com alta temperatura, o risco de desidratação é alto. Sintomas como boca seca, irritabilidade, tonturas e desmaios por baixa pressão devem ser monitorados com atenção.

A clínica geral ressalta ainda que locais fechados e com grande aglomeração de pessoas, como shows e jogos de futebol, devem ser evitados em dias muito quentes. “Não é uma situação recomendada, mas se for inevitável, o ideal é tomar bastante líquido, usar roupas de proteção, utilizar meios físicos como barreiras (guarda-sol), além de fazer refeições leves”, orienta.

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