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B20: impactos da Inteligência Artificial no centro das discusões empresariais do trabalho

B20: impactos da Inteligência Artificial no centro das discusões empresariais do trabalho

Data de Publicação: 26 de julho de 2024 20:06:00

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Cerca de 1.200 líderes empresariais estão inseridos nos grupos de trabalho do B20 e vêm, desde o início do ano, se dedicando à elaboração de propostas e recomendações de políticas públicas

A perspectiva da comunidade empresarial sobre o cenário global do trabalho teve seu espaço na programação paralela ao encontro do GT de Emprego do G20 Brasil, realizado até o fim desta semana, no Centro de Eventos, em Fortaleza. Nesta quinta-feira (25), o Workshop “Potencial Transformativo da IA e uma Transic¸a~o Justa” explorou as oportunidades e ameaças proporcionadas pela Inteligência Artificial, além de fatores para uma transição justa, o desenvolvimento de competências e efeitos na ação climática.

Trata-se do Business 20 (B20), o principal fórum do setor privado do G20. O evento foi liderado pela Confederac¸a~o Nacional da Indu´stria (CNI), a Organizac¸a~o Internacional de Empregadores (do inglês, International Organisation of Employers – IOE) e a Deloitte.

O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, abriu a reunião com uma reflexão sobre as peculiaridades do mercado de trabalho brasileiro e a produtividade em setores como a indústria e a construção civil. “Precisamos trabalhar conjuntamente a lógica de dialogar mais sobre o trabalho, sobre a relação de trabalho, a qualidade dessas relações e como que a gente estimula o processo de entendimento (dessas relações)”, observou o ministro, estimulando ainda o debate sobre a qualificação da mão de obra.

Cerca de 1.200 líderes empresariais estão inseridos nos grupos de trabalho do B20 e vêm, desde o início do ano, se dedicando à elaboração de propostas e recomendações de políticas públicas levando em consideração as preocupações com o futuro da IA, como explica o presidente do Conselho de Relações do Trabalho da CNI, Alexandre Furlan: “Como resultado dos debates deste ano, identificamos a necessidade de preparar uma força de trabalho resiliente e produtiva para o futuro do trabalho. A natureza do trabalho está mudando rapidamente. Os avanços tecnológicos estão remodelando as indústrias, criando novas oportunidades, mas também desafiando os empregadores, os empregados e o mercado de trabalho. É essencial formar a nossa força de trabalho com as competências necessárias para este cenário de rápida evolução”.

As forças-tarefas mencionadas pelo representante da CNI estão focadas em cinco eixos: a promoção do crescimento inclusivo e combate à fome, a pobreza e as desigualdades; a promoção de uma transição justa para zerar as emissões líquidas de gases de efeito estufa; o aumento da produtividade por meio da inovação; a promoção da resiliência das cadeias globais de valor e a valorização do capital humano.

Alinhado à discussão, o vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec), Carlos Prado, utilizou o espaço na mesa de debates para apresentar o ponto de vista da indústria cearense, que já considera a requalificação e preparação profissional para as ocupações do futuro.

“Por exemplo, no Senai, aqui do Ceará, foi criado um centro de excelência em transição energética já para preparar mão de obra para uma atividade que vai surgir ainda, que é a produção do hidrogênio verde. O Ceará é o estado onde se encontra a maior possibilidade de se produzir hidrogênio verde com custo mais baixo do mercado global”, contextualizou o representante da Federação.

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