Português (Brasil)

Zona Azul no Século XXI: Solução ou Transtorno?

Zona Azul no Século XXI: Solução ou Transtorno?

Data de Publicação: 14 de maio de 2025 21:52:00

Compartilhe este conteúdo:

Sistema de estacionamento rotativo enfrenta críticas e pode dar lugar a

alternativas tecnológicas mais eficientes.

A Zona Azul, tradicional sistema de estacionamento rotativo pago, é uma

presença constante em ruas de comércio movimentado nas grandes cidades

brasileiras. Criada para garantir a rotatividade de vagas e melhorar o fluxo

urbano, a medida já não atende com a mesma eficácia às necessidades atuais.

Entre elogios e críticas, o modelo começa a dar sinais de esgotamento.

Pontos positivos

Entre os méritos do sistema estão a organização do espaço público e o estímulo

à rotatividade, que facilita o acesso ao comércio e serviços em áreas centrais. A

Zona Azul também gera receita para os municípios e pode desestimular o uso

excessivo de veículos em regiões com grande fluxo.

Limitações evidentes

Por outro lado, a eficácia do sistema depende de fiscalização constante, o que

nem sempre ocorre. Em várias cidades, o uso de talões físicos e parquímetros

antigos torna o sistema pouco prático e ultrapassado. Outro ponto crítico é que

a medida não cria novas vagas — apenas regula o tempo de uso das existentes.

Uma nova proposta: estacionamento inteligente

Diante desse cenário, cresce o interesse por alternativas mais modernas. Uma

delas é o Estacionamento Inteligente Integrado, sistema já adotado em cidades

como Barcelona e São Francisco. Com sensores nas vagas, aplicativos em

tempo real e pagamento digital, essa tecnologia permite:

Redução no tempo de procura por vagas

Tarifação dinâmica, com preços ajustados conforme horário e demanda

Descontos para veículos elétricos

Integração com transporte público, incentivando o chamado park and ride

Além de mais eficiente, o modelo contribui para a sustentabilidade urbana e

permite o uso de dados para melhorar o planejamento da mobilidade.

Reflexão necessária

A Zona Azul cumpriu um papel importante nas últimas décadas. No entanto,

diante dos avanços tecnológicos e das novas necessidades urbanas, surge a

pergunta: manter um sistema já desgastado ou investir em soluções mais

inteligentes, acessíveis e sustentáveis?

 
Por: Francisco Leopoldo Martins Filho
Advogado

Compartilhe este conteúdo: