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Assaltos no mar: embarcações estrangeiras e nacionais são alvos de 'piratas' em Fortaleza

Assaltos no mar: embarcações estrangeiras e nacionais são alvos de 'piratas' em Fortaleza

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Embarcações estrangeiras e nacionais, que atracam no litoral de Fortaleza, são alvos de "piratas" (assaltantes do mar), interessados em roubar materiais do barco e nos pertences dos tripulantes. O assalto mais recente aconteceu em uma embarcação do Panamá, no último sábado (4). Um suspeito já foi preso e os objetos roubados foram recuperados pela Polícia.

Uma velejadora de Fortaleza, que pediu para não ser identificada, afirma que velejadores e tripulantes estão temerosos de parar em Fortaleza, em razão da repercussão dos roubos: "Essa embarcação do Panamá não é a primeira. Fortaleza é ponto de passagem de pessoas de qualquer lugar do Brasil e do mundo. Mas os barcos estão deixando de atracar aqui, por medo".

Os roubos são cometidos por quadrilhas formadas por 3 a 5 pessoas, residentes em áreas próximas à orla, segundo testemunhas. Os grupos criminosos atuam como "piratas", que se aproveitam de informações privilegiadas e conhecimento da costa marítima cearense para entrar nas embarcações, roubar itens do barco e objetos pessoais dos tripulantes e fugir rápido, antes da atuação policial.

De acordo com a velejadora ouvida pela reportagem, os crimes têm aumentado, do ano passado para cá. Em 2022, pelo menos dois veleiros - ambos de origem francesa - foram alvos de assaltos. Os roubos às embarcações estrangeiras, na orla de Fortaleza, acontecem há pelo menos cinco anos.

O velejador Leonardo Pereira foi roubado após sair do Caribe e atracar o seu barco em Fortaleza, junto da namorada, em maio de 2020. Cinco criminosos entraram na embarcação, com facas e máscaras, amarraram o casal e roubaram o que podiam: equipamentos náuticos, rádios, telefones, drone, notebook e até roupas e comidas. "Foi uma 'limpa', em média de 20 minutos de assalto. Eles atracaram a jangada ao lado e ficou outra pessoa recebendo os pertences. Somente de equipamento, na época, foi 55 mil reais de prejuízo", descreveu.

Por: Messias Borges/Diário do Nordeste

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