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Municípios cearenses devem informar casos suspeitos de varíola dos macacos em até 24h, orienta

Municípios cearenses devem informar casos suspeitos de varíola dos macacos em até 24h, orienta

A doença não chegou ao Brasil, mas o mundo está em alerta

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Foto; G1 Globo

A Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) lançou nota, nesta sexta-feira (27), para orientar que os municípios cearenses comuniquem casos suspeitos da varíola dos macacos em até 24 horas. Apesar do surto de infecções na América do Norte e na Europa, a doença ainda não chegou ao Brasil. 

Contudo, o mundo está em alerta para conter o espalhamento do vírus. Hoje, o primeiro caso da América Latina foi constatado na Argentina.

Também orienta-se que o Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs) seja comunicado em até 24 horas e que haja uma divulgação rápida para uma resposta célere em caso de uma confirmação.

Na terça-feira (24), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) pediu reforço de medidas não farmacológicas, como distanciamento, uso de máscara e higienização frequente de mãos, em aeroportos e aeronaves, para evitar a entrada do vírus no País. 

O que é a varíola dos macacos?

A Organização Mundial da Saúde (OMS) explica que a doença recebeu esse nome porque foi identificada pela primeira vez em colônias de macacos mantidas para pesquisa, em 1958. Somente em 1970, foi detectada em humanos. A varíola dos macacos é causada pelo vírus monkeypox.

Apesar de ser da mesma família da varíola humana, o patógeno causador da doença dos macacos tem menor risco de complicações. Segundo a OMS, a enfermidade é encontrada na África Central e Ocidental, onde há florestas tropicais e os animais que podem transportar a doença.

Ocasionalmente, pessoas com varíola são identificadas em outros países, após viagens de regiões onde a varíola é endêmica. 

Quais os sintomas?

Segundo a OMS, os sintomas duram entre duas e quatro semanas, mas desaparecem por conta própria sem tratamento. A orientação é que as pessoas com os sinais descritos abaixo procurem orientação médica e comuniquem possível contato com alguém infectado. Veja os sintomas: 

  • Febre;
  • Dores de cabeça intensa, musculares e/ ou nas costas;
  • Baixa energia;
  • Linfonodos inchados;
  • Erupções cutâneas ou lesões.

Geralmente, a erupção se apresenta de um a três dias após o início da febre. As lesões podem ser planas ou levemente elevadas, cheias de líquido claro ou amarelado, podendo formar crostas, secar e cair.

Segundo o órgão, o número de lesões em uma pessoa pode variar de alguns a milhares. A erupção tende a se concentrar no rosto, palmas das mãos e solas dos pés. Eles também podem ser encontrados na boca, genitais e olhos.

Como se transmite?

A doença não se espalha facilmente, mas a transmissão ocorre através do contato com animais ou com a pessoas infectadas. No caso dos seres humanos, estudos apontam que o vírus é transmitido quando há interação física com pessoas que ainda estejam apresentando sintomas (entre duas e quatro semanas).

Até o momento, não está claro se assintomáticos podem espalhar o vírus. De acordo com a OMS, a erupção cutânea, os fluidos corporais (pus ou sangue de lesões na pele) e as crostas são infecciosos. Por isso, é necessário evitar o compartilhamento dos seguintes itens com os infectados:

  • Roupas;
  • Roupas de cama;
  • Toalhas;
  • Objetos como utensílios/pratos. 

Além disso, úlceras, lesões ou feridas na boca podem ser infecciosas, o que significa que a doença pode se espalhar pela saliva. As pessoas que interagem de perto com alguém que é infeccioso, incluindo profissionais de saúde, membros da família e parceiros sexuais, correm maior risco de infecção.

O vírus também pode se espalhar de uma pessoa grávida para o feto ou de um pai infectado para o filho durante ou após o nascimento por meio do contato de pele. 

Varíola dos macacos mata?

Segundo a OMS, os sintomas das pessoas contaminadas desaparecem por conta própria em algumas semanas. Entretanto, há casos mais graves que podem levar a complicações médicas e até a morte. O risco é maior para recém-nascidos, crianças e pessoas com deficiências imunológicas subjacentes. 

Por: Redação Diário do Nordeste

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