Os continuados embates, observados principalmente nas redes sociais, requerem uma análise reflexiva. Indisposições entre amigos, colegas e familiares são constantes e parecem não ter fim, aonde uma parte busca convencer a outra sobre seu posicionamento político.

Num primeiro momento, a desavença parece ser apenas no campo eleitoral. No entanto, é bem mais profunda. A batalha ideológica, e por vezes física, ocorre neste cenário, mas suas raízes ou a verdadeira guerra decorre em razão das diferentes divisões socioeconômicas.

Há uma hierarquia nestes grupos. Uma pequena parte, são os detentores de riqueza, a outra é representada pelo distanciamento dessa condição.  

Os representantes governamentais passam a ser escolhidos por sua condição de vencer o oponente e não por méritos intelectuais ou humanitários. Deste fato, decorrem mais conflitos, pois defendem o indefensável. O bom senso é deixado de lado, o que importa é proteger sua adulterada convicção.

Nesta luta entre “dominantes” e “dominados”, a fé também é explorada em seus posicionamentos, com frases adornadas por versos bíblicos. Cultos e devoções captam e direcionam o fervor da veneração conforme a vontade dos falsos “profetas”.

Contudo, embora a parcela dominadora e influente esteja em menor número, ela conta com o desejo de parte dos dominados de se tornarem também dominantes. É a ambição agindo em desfavor deles próprios. Provocando desta forma, o equilíbrio de votos do último pleito.

Os pensamentos são instigados por estes impulsos e nossa razão sofre influência. Por isso, “vigiai vossos pensamentos”, do contrário será vitimado por suas próprias concepções e desejos, não encontrando equilíbrio emocional, pois viverá em martírio constante.

Enfim, pondere sobre os verdadeiros valores que regem a humanidade. Não estamos neste mundo para superar os outros, mas para superarmos a nós mesmos, controlando nossas ambições e renunciando tudo que irá nos distanciar dos ensinamentos de Nosso Senhor Jesus Cristo.