Eleições são competições, ninguém entra numa disputa eleitoral para perder, isso em sã consciência. Apesar dos avanços nas comunicações através das Redes Sociais, é preciso gritar alto porque o curral é grande, no dizer do professor BC Neto.

Há um imensurável despreparo nos neófitos disputantes nas eleições, surgem figuras nunca dantes ter pensado em ser um pleiteante a um cargo público eletivo.

“Não estarei insinuando nenhuma novidade se afirmar que nunca houve uma multidão inteligente.” (Nelson Rodrigues). O escritor cronista carioca não acreditava em unanimidade, pois dizia: “Toda unanimidade é burra. Quem pensa com a unanimidade não precisa pensar”.

Essas filosóficas citações de Nelson Rodrigues tem tudo a ver com os meandros das eleições políticas partidárias. O sujeito faz graça e sem mais nem menos coloca seu nome numa disputa eleitoral. Citemos o exemplo do palhaço Tiririca que com o slogan “Vote em Tiririca porque pior não fica.” E assim acontecem as eleições no Brasil.

Esquecem os pleiteantes que as disputas eleitorais precisam de conhecimento e habilidade, e não jogar na sorte. Conquista de votos, como tudo na vida, é uma ciência, que precisa de conhecimentos que são adquiridos através do estudo, da pesquisa ou da prática, baseado em princípios certos. Isso tudo são desprezados. Quando alguém se dispõe a fazer alguma coisa, o primeiro é saber o que vai fazer. Eleições e a própria política são ciências, tanto é que há mais de 500 anos Nicolau Maquiavel, um filósofo, historiador e diplomata italiano ficou conhecido como fundador do pensamento e da ciência política moderna, pelo fato de ter escrito sobre o estado e o governo como realmente são, e não como deveriam ser.

Não é possível entrar para a política sem antes ler dois livros básicos: “O Príncipe” de Nicolau Maquiavel que foi escrito em 1.500 e que ainda hoje é livro de cabeceira de muitos políticos no Mundo inteiro, e “A Arte da Guerra“ escrito há 200 anos antes de Cristo, pelo mestre chinês Sun Tzu”“.

Não sendo assim, é um jogo de sorte e uma aventura no escuro e em terreno desconhecido.

Os postulantes não sabem que é preciso gritar alto porque o curral é grande. Esse gritar alto é para que todo o povo ouça suas intensões e propostas para seu pleito. As campanhas eleitorais desandaram, trocaram os ensinamentos e as habilidades pelos ataques e chingamentos, calúnias e difamações através de discursos que são feitos sem zelo, cheios de sujeiras, sem quaisquer qualidades. Política sebosa. Os maus políticos não vêm pessoas e suas necessidades, enxergam eleitores e seus votos. Compram votos que anulam os próprios direitos do cidadão.

O Brasil é um país regido pelo sistema democrático que traduzido quer dizer: liberdade, respeito, justiça, oportunidades iguais, responsabilidade, do livre-arbítrio, enfim, de tantos valores que dignificam os seres humanos.

Democracia é um regime político dos direitos e deveres, da participação igual . Ela abrange as condições sociais, econômicas e culturais que permitem o exercício livre e igual da autodeterminação política.

Democracia significa “o poder do povo”, um governo eleito pelo povo para o povo.

O então presidente Getúlio Vargas deixou em sua carta testamento a citação que bem demonstra a democracia de um povo: “Esse povo de quem fui escravo jamais será escravo de ninguém.”