A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), que tem como presidente o deputado estadual Fernando Santana, entra na reta final das investigações dos serviços prestados pela Enel - Entidade Nacional de Eletricidade. Durante todo período da CPI foram realizadas oito audiências na Assembleia Legislativa do Ceará (Alece) com objetivo de colher informações para constar no relatório final que será entregue ao Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, até o dia 10 de maio.

Na última oitiva realizada nessa quarta-feira (24/04), foi ouvido o presidente da Enel Ceará, José Nunes de Almeida, que recebeu os relatos e questionamentos dos parlamentares da CPI sobre os serviços prestados pela Enel de forma precária, e que tanto vem prejudicando a vida dos cearenses, principalmente dos comerciantes, empresas e hospitais que somam prejuízos.

Fernando Santana lembrou a situação vivida durante o período do carnaval 2024 em todos os municípios cearenses que enfrentaram a escuridão causando transtorno e desconforto, onde houve locais que ficaram até quatro dias sem energia causando inúmeros prejuízos, principalmente para aquelas pessoas com problemas de saúde que precisam de aparelhos elétricos para seus tratamentos. Santana destacou as principais denúncias que a CPI recebeu durante o período de investigação, como oscilação de energia, demora no religamento, cortes de energia de forma irregular e contas duplicadas.

O presidente José Nunes de Almeida esclareceu que o serviço prestado no Estado do Ceará está sendo reestruturado por meio de um plano que inclui um investimento de R$ 1,6 bilhão para os próximos três anos. E que a empresa passou recentemente por uma reestruturação em todo o Brasil, tendo como foco o melhoramento do relacionamento com o cliente, investimento no corpo de colaboradores, qualificação da área técnica. Por fim pediu desculpas aos cearenses que foram afetados pelas falhas nos serviços prestados.

O deputado Guilherme Landim, que é o relator da CPI, apresentou a quantidade de multas que a empresa vem acumulando. Segundo ele, nos últimos cinco anos, só da Agência Reguladora do Estado do Ceará (Arce) e da Aneel, a Enel recebeu mais de 54 milhões em penalidades.

Por: Aline Maria/Gazeta de Notícias