Insegurança alimentar: Fome atinge sete de cada dez famílias lideradas por pessoas negras
Data de Publicação: 26 de abril de 2024 16:47:00
A insegurança alimentar ainda não é uma página virada no país! Dados divulgados nesta quinta-feira (25) pelo IBGE apontam que em 27,6% dos lares brasileiros, os moradores conviveram em 2023 com algum grau de insegurança alimentar. > IBGE: 27,6% dos lares brasileiros vivem com insegurança alimentar
A insegurança alimentar ainda não é uma página virada no país! Dados divulgados nesta quinta-feira (25) pelo IBGE apontam que em 27,6% dos lares brasileiros, os moradores conviveram em 2023 com algum grau de insegurança alimentar. Já a proporção de domicílios que enfrentavam o problema de forma moderada ou grave ficou em cerca de 9%, no ano avaliado, segundo dados da PNAD Contínua Segurança Alimentar.
A pesquisa, divulgada nesta quinta-feira (25), pelo IBGE, mostra que o quadro é ainda pior para mulheres e negros. Entre eles, é mais latente a situação em que pessoas não têm acesso regular e permanente a alimentos em quantidade e qualidade suficiente para sua sobrevivência. Segundo o levantamento, a fome atingiu o dobro de lares liderados por pessoas negras, totalizando mais de 69%.
As regiões Norte e Nordeste tinham os maiores índices de insegurança alimentar, sendo o Pará o estado com maior proporção de domicílios dentro deste cenário, seguido do Amapá e de Sergipe. Em metade dos domicílios, o rendimento por pessoa, no ano passado, era inferior a meio salário mínimo.
De acordo com André Martins, gerente da pesquisa, estatisticamente, as áreas rurais são as mais atingidas.
Em relação aos lares em situação de segurança alimentar, a PNAD Contínua mostra que em 2023 o País contabilizava mais de 72% de domicílios onde as pessoas passaram a ter o que comer em quantidade e boa qualidade. Ou seja, em 56,7 milhões de residências.
Destaque positivo para os estados do Sul, com mais de 83% dos domicílios contando com alimento regular, de qualidade e em quantidade para sua sobrevivência. No Sudeste esse percentual ficou em 77% e, no Centro-Oeste, 75,7%.
Por Solimar Luz - repórter da Rádio Nacional - Brasília