Governo trabalhará em medidas para baratear principais alimentos da mesa dos brasileiros e sem queda artificial dos preços, diz Rui Costa
Data de Publicação: 28 de janeiro de 2025 15:32:00
Ministro da Casa Civil esclareceu que o governo não cogita venda de alimentos fora do prazo de validade como medida a ser adotada para redução de preços
O ministro da Casa Civil, Rui Costa, informou que dentre as propostas de medidas para contribuir com a redução do preço dos alimentos não há a possibilidade de se utilizar produtos com validade vencida em supermercados. Em entrevista à TV CNN Brasil, o ministro esclareceu que não haverá intervenção governamental para forçar de modo artificial a queda dos preços.
"O presidente Lula se reuniu com as entidades atacadistas de supermercado no final do ano passado e elas apresentaram um conjunto de sugestões, foram várias. A venda de produtos com validade vencida não é a cultura, nem a prática do Brasil. Se é eventualmente para produto de consumo não-humano, de limpeza, etc, você poderia até discutir. Mas para alimentos, para uso pessoal, eu acho que não faz parte da nossa cultura isso e não está no nosso cenário adotar essa medida", disse Costa.
O ministro explicou que o objetivo dos encontros a serem conduzidos nas próximas semanas é direcionar estímulos e soluções que foquem no aumento da produção de alimentos que tiveram maior variação de preços recentemente.
"O governo tem vários programas já existentes de estímulo à produção alimentos agrícolas do país organizados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário. Os dois ministérios devem apresentar sugestões para que tipo de medidas podem ser adotadas para estimular uma maior produção", disse, acrescentando que as sugestões serão discutidas entre os ministros e envolverá representantes dos setores envolvidos.
De acordo com ele, é necessário aguardar as reuniões e o avanço das discussões, porque a depender do tipo de alimento, o tempo de resposta dos eventuais estímulos é diferente. "A partir de agora, nós vamos da forma mais rápida possível, independentemente de ter o conjunto das medidas, as primeiras medidas que forem consenso já podem ser implementadas", sinalizou.
Ainda segundo o ministro, o governo não trabalha com a hipótese de lançar um pacote único com diversas medidas. “Nós vamos discutir as propostas que foram apresentadas pelos associações que representam o setor de produção de alimentos e o que mais for acrescentado pelos ministérios e havendo concordância e viabilidade técnica e jurídica, o governo irá apresentar e implementar”, pontuou.